domingo, 12 de outubro de 2008

Passagem de nível confunde

Reportagem e fotos Marcelo Guerra

Construída com o objetivo de desafogar o trânsito existente na área localizada em frente ao conjunto Santos Dumont, zona norte de Manaus, a passagem de nível custou aos cofres públicos quase 12 milhões de reais e trouxe muita dor de cabeça aos motoristas que por ali trafegam.
"De nada me adiantou a construção desta obra", avalia a estudante Helen Priscilla Prado, 19, que mora no conjunto Duque de Caxias, Flores, e diz que tem que percorrer quase três quilômetros para fazer o retorno no sentido bairro-centro. "Piorou tudo", diz ela.

A confusão é porque todo o projeto de construção da passagem de nível foi reformulado e passou a ter uma abrangência maior. Para isso, foi realizado um trabalho de desapropriações dos terrenos e edificações situados na área, como no caso das alças viárias, necessárias para fazer a interligação entre a passagem de nível com as pistas de rolagem da Torquato Tapajós e dos conjuntos situados no entorno, como o Santos Dumont.
De acordo com o Engenheiro Orlando Mattos Jr., títular da Secretaria de Infraestrutura - SEINF, a
passagem inferior vai permitir que seja eliminado o semáforo que existe atualmente em frente ao Santo Dumont. Com a entrega da passagem de nível, os veículos que trafegam tanto no sentido Centro-bairro, quanto em sentido contrário poderão fazer esse trajeto sem que tenham que enfrentar engarrafamentos, em razão do acúmulo de veículos em frente ao conjunto.


A obra eliminou o semáforo que existe atualmente em frente ao conjunto Santos Dumont. O maior questionamento dos motoristas que trafegam na área é que em frente ao Clube Municipal, que passou a ser contínuo, deixou de existir o retorno. Desta forma, todos os veículos que saírem do Parque das Laranjeiras e adjacências terão que trafegar pela a passagem de nível inferior, para tomar a Torquato Tapajós, no sentido bairro-Centro. Quem estiver fazendo o trajeto Centro-conjunto Santos Dumont – e vice-versa, terá que acessar uma das alças viárias da passagem.



"Isso virou um absurdo", acentuou o motorista de ônibus, Flávio Roberto Peixoto, que indica atraso em sua rota e o transtorno para quem está com pressa.
Para ele, a obra veio para confundir e irritar tanto o pedestre quanto aos milhares de motoristas que usa a via expressa.

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