terça-feira, 20 de outubro de 2009

As armadilhas do mundo virtual

Por Silvânia Lopes

Blog, site, twitter. A popularização da Internet trouxe consigo um conjunto de palavras novas para dar significado a um mundo novo: o virtual. Mundo este que compreende uma série de novidades que vão muito além da informação.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa encomendada ao Datafolha pela agência F/Nazca, são 59 milhões de usuários, o equivalente a 47% da população adulta (acima de 16 anos).

Com tantos usuários assim, fica difícil controlar o que as pessoas acessam na Internet e como utilizam a rede mundial de computadores. É complicado impor um limite e dizer, por exemplo, até onde se deve seguir uma pessoa no twitter? Ou ainda até onde manter um relacionamento através de uma rede de relações interpessoais?

Os envolvidos neste mundo afirmam saber se controlar. Mas, bem sabemos que o fascínio da Internet e a facilidade de estar conectado a várias pessoas ao mesmo tempo e, diante de tantos chats e links, fica difícil se separar do mouse e do teclado do computador.

Particularmente, conheço pessoas que são viciadas em bate-papo. Adultos que chegam a prejudicar o seu trabalho e o de outras pessoas por não saber dividir o tempo entre as conversas na telinha e a própria função dentro da empresa. São tantas janelas, que mal consegue se concentrar no trabalho.

Há de se reconhecer que o advento da Internet e a sua democratização veio facilitar a vida de muitas pessoas, especialmente no âmbito da pesquisa. Mas há de se convir, é necessário ter bastante cuidado para que essa ferramenta, que deveria ser um bem precioso, se transforme em uma arma, capaz de prejudicar a si mesmo e a outras pessoas.

Falsa impressão de bem-estar social

Por Leonardo Jucá

As cidades crescem desordenadas e a sociedade segrega grande parte da população nas periferias. O Estado oferece poucas oportunidades de desenvolvimento para os cidadãos, porém, incrementa o poder de consumo das classes mais baixas com benefícios, o que leva a uma falsa impressão de bem-estar e cidadania. As crianças em situação de risco são as principais vítimas desse sistema que confunde cidadão com consumidor.


O aumento da violência nas cidades é um reflexo dessa inversão de valores da sociedade e do Estado, que além de tudo é corrupto.

O Brasil é sem dúvida um dos principais exemplos quando o assunto é violência urbana. Por aqui, nos sentimos desprotegidos, indefesos diante de tanta violência e impunidade, e o pior, é que não se trata mais de um problema restrito as grandes cidades.

Nossos índices de violência são sempre altos, altos demais para um país que se encontra em pleno crescimento, ocupando atualmente o sexto lugar na lista das economias mais fortes do planeta.

A cidade do Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos de 2016, é uma das recordistas em índices de vítimas por bala perdida. Foram 103 pessoas só no primeiro semestre de 2009, reflexo das guerras entre morros rivais pelo controle do tráfico.


Ainda nessa semana assistimos chocados a queda de um helicóptero da polícia militar do Rio de Janeiro, alvejado por traficantes do morro dos macacos. A queda da aeronave é um fato isolado dentro de todo o contexto da guerra polícia versus tráfico, porém, nos traz a tona o problema que está longe de ter um fim.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Violência Urbana

Por Júlio César


A violência tem modificado nossos comportamentos porque passamos a ser consumidores do medo diante da insegurança e pânico. Presenciamos diariamente nos jornais, rádios e TVs, cenas que chocam de tanta crueldade e barbárie. As vezes me pergunto o porquê de tanta violência? Para onde foram os valores e princípios ? A vida humana será que não tem mais significado ou sentido?

A resposta pode até ser encontrada com mais profundidade.Mas, também não podemos aqui só criticar de forma negativa o poder do Estado em oferecer segurança pública a todos, pois, muitas são as causas da violência como crise familiar, reprovação escolar,desemprego e o trafico em geral.

De acordo com o secretario de Segurança Pública de Manaus, Sá Cavalcante, o perfil do infrator é jovem, masculino, idade entre 17 a 30 anos, morador da periferia que abandonou a escola cedo, pais separados, analfabeto e sem emprego fixo.

A tecnologia ajuda na redução da violência,mas, precisamos também da participação de toda a sociedade nessa luta em ajudar a construir conceitos e valores morais na educação das gerações mais novas, só assim poderemos formar um maior número de cidadãos de bem.

O poder público com projetos de base, mais investimentos na área social e vontade política são o alicerce primordiais para melhorar a qualidade de vida e oportunizar trabalhos para os jovens em situação de vulnerabilidade.

Exemplos não faltam de lugares altamente perigosos como a Rua 13 de Maio na Colônia Antonio Aleixo, que hoje estar totalmente modificada com quadras de esportes, iluminação, praças de alimentação e escolas que ficam abertas até os finais de semanas para uso da comunidade para realização de cursos técnicos, artesanato, feiras e exposições. O caminho pode ser esse: uma interação entre políticas urbanas e políticas de segurança pública.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Produtos chineses invadem o comércio informal de Manaus

Por Leonardo Jucá

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), tem realizado desde maio deste ano uma forte repressão ao comércio de produtos piratas.

Segundo a Gerência de Comércio Informal (Gecin) da Sempab, existem mais de 100 mil CDs e DVDs armazenados no depósito da Secretaria apreendidos nas operações. As repressões revelaram que o comércio informal abrange, aqui em Manaus, além de CDs e DVDs, a venda de meias, bolsas, camisas, bermudas e relógios falsificados.

Segundo o secretário da Sempab, José Aparecido dos Santos, está havendo em Manaus uma invasão de produtos chineses, do mesmo modo como acontece em São Paulo e Rio de Janeiro. “Eles estão cooptando os autorizatários e convencendo-os a armazenar e vender esses produtos de origem criminosa. É por isso que, durante as operações, alguns ambulantes se recusam a abrir os depósitos das bancas, obrigando os fiscais a quebrar cadeados para coibir a venda criminosa”, revelou José Aparecido.


A operação mobilizou dezenas de agentes e uma grande infra-estrutura policial. No entanto, o trabalho dos ambulantes com produtos piratas continua nas ruas, desafiando a polícia e a Prefeitura de Manaus. Segundo a Sempab, a cidade possui 2.167 camelôs fixos e mais 261 ambulantes no centro da cidade, 2.520 fixos e 1.222 ambulantes nos bairros, 543 ambulantes nos terminais, 1.217 ambulantes nos eventos e 441 fixos/ambulantes na área da Ponta Negra.


De acordo com dados divulgados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL), os lojistas perdem 25% a 30% do faturamento em função da pirataria. Os setores mais prejudicados são os de audiovisual, confecções, couros, calçados e outros.

A Prefeitura de Manaus pretende manter as operações para punir os fornecedores das mercadorias chinesas ilegais e organizar o comércio nas ruas com a construção do Shopping Popular de Manaus. O projeto apresentado pela Secretaria Municipal de Abastecimento, Mercados e Feiras (Semaf) pretende abrigar 1,7 mil camelôs na região portuária, em um terreno que pertence a prefeitura, além de um centro de serviços públicos ao cidadão.

Comerciantes enfrentam concorrência desleal


Por Camila Cavalcante

Os comerciantes instalados no principal centro industrial do Norte do País, Manaus, enfrentam uma concorrência desleal com os comerciantes informais. De acordo com dados da Gerência de Comércio Informal – GECIN da secretaria Municipal de Produção e Abastecimento – SEMPAD, até Abril de 2008, havia na capital, cerca de 30 mil vendedores informais cadastrados no órgão. Destes, 75% trabalham no centro da cidade.


Para o vendedor Altair Silva a informalidade é causada pela falta de recursos financeiros para legalizar a atividade. “Trabalho há 15 anos no centro de Manaus, mas os trâmites para criar uma empresa e pagar os impostos acabam fazendo com que eu continue nesta situação. Já vendi celular, roupas e agora estou vendendo óculos, boné e tênis. Acredito que não seja um comércio ilegal com os donos de lojas, já que os clientes podem escolher entre uma opção mais cara e outra mais barata. Não vejo como deslealdade, pelo contrário, as lojas têm possibilidades de venderem mais e melhor até pelo ambiente que oferecem ao cliente”, argumenta.


De acordo com informações da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus – CDLM, os empresários perdem de 25% a 30% de seu faturamento em decorrência do comércio informal.
Um dos diretores e também assessor jurídico do órgão, Hileano Praia, chama a atenção dos prejuízos causados tanto aos lojistas, quanto à população.


“A informalidade gera postos de trabalho sem o devido resguardo legal ao trabalhador, onde o governo mais uma vez perde receita, na medida, em que não são recolhidas as verbas provenientes das obrigações previdenciárias e fundiárias pertinentes às relações empregatícias. Isto sem incluir a pirataria, que não só é classificada como comércio informal, mas também ato ilícito penal denominado violação dos direitos autorais”, alerta.


Shopping popular
Os lojistas exigem uma reorganização do Centro para que haja um mercado justo e digno. A Prefeitura de Manaus estuda a possibilidade da criação de um shopping popular, na região portuária. O empreendimento retiraria 1,3 mil vendedores informais do centro da Capital, além de contar com um Centro de Serviços Públicos ao Cidadão. Para a vendedora informal, Claudia Ferreira, que trabalha no Centro de Manaus, a saída do local significa “parar de vender, já que as autoridades querem nos colocar em lugares de difícil acesso ou muito distantes”.


Vendas diretas se transformam em rendimento fixo




Por Deisenara Costa




Um negócio que surgiu no Brasil na primeira metade do século passado, como uma forma de distração para as donas-de-casa, hoje vem movimentando cifras financeiras da economia nacional. As vendas diretas ao consumidor, famosas vendas porta a porta, já são encaradas como um ren­dimento mensal fixo que em muitos casos representam o sustento ou complemento da renda das famílias.

Conforme da­dos prestados pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), que comporta 25 associadas, o seg­mento tem registrado cresci­mento médio de 7% no Brasil, durante os últimos seis anos, o que fez o País conquistar o sétimo lugar no ranking mundial de empresas de venda direta, organizado pela Word Federation of Direct Selling Associations (WFDSA).

O setor de vendas diretas é composto por empresas de vários segmentos, sendo 88% da categoria de cuidados pessoais, 6% de suplementos nutricionais, 5% de cuidados do lar, e 1% de serviços e outros.
São alguns fatores como o alto índice de desemprego, investimento das empresas em produtos de alta qualidade e as vantagens de custo/benefício para os revende­dores os responsáveis pelo sucesso das vendas. Só no primeiro semestre deste ano, este setor movimentou cerca de R$ 9,586 bilhões, superando o mesmo período de 2008 em 18,3%. Um crescimento de 12,8%, descontando a inflação do período. O número de revendedores também cresceu sendo cerca de 2,221 milhões em todo Brasil.

Elenilza Vieira, 29, é um exemplo, ela encontrou por meio das vendas indiretas
uma oportunidade de aumentar seus ganhos mensais. Há pouco mais de um ano, ela recebeu o convite de uma amiga promotora de vendas da marca Avon, para ser uma consultora de beleza. Antes de dá a resposta Nilza pensou muito, pois ela sempre achou que essa história não dava certo.

“Eu nunca gostei de vender nada, mas por outro lado eu pensava que tinha que conseguir um meio de aumentar os meus ganhos.”, conta

A assistente de produção pensou e percebeu que o ambiente de trabalho dela era propício para esta iniciativa, além do mais, “ela era carismática o que é essencial no trato com clientes”.

Deu certo. Hoje, além da marca Avon, Vieira tornou-se promotora de uma outra marca bastante aceita pelas suas clientes. Comecei com a Avon com um pouco de medo de não dar certo, mas aconteceu o contrário. Tenho clientes no trabalho, na faculdade e os amigos próximos. Foram as minhas clientes que me incentivaram a também vender Natura. Nilza não revelou quanto ganha, mas adiantou que paga o salário da babá e sempre é salva em situações complicadas com seus rendimentos provenientes das vendas.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Bem-vindos ao nosso espaço!!!


Olá, turma!!!!




Estaremos juntos por quatro meses bisbilhotando tudo o que rola na rede sobre Jornalismo on-line. Esta página é um espaço aberto onde vocês poderão postar matérias, enviar arquivos em áudio e vídeo e sugerir pautas. Até o nosso próximo encontro!!!!!


Profa. Fábia Lázara

quinta-feira, 26 de março de 2009

Webjornalismo

Um profissional camaleão

Por Regiane Santos em 24/3/2009
Observatório da Imprensa

Para exercer a profissão de webjornalista, não basta dominar os princípios amplamente difundidos pelos professores nas salas de aulas das universidades brasileiras. A maioria deles, jornalista, ainda insiste em ministrar aos seus discípulos técnicas propagadas na década de 1980, quando o jornalismo se resumia à apuração e checagem de informações seguidas pela redação da reportagem que estampava as páginas do jornal impresso, produção de áudio veiculado em programas de rádio ou vídeo exibido nos noticiários televisivos.

Com a popularização da internet nos anos 1990, emergiu, entre professores e intelectuais da área, a necessidade de criar a disciplina de Jornalismo Online, na qual estudantes conhecem a história do jornalismo exercido na rede mundial de computadores bem como noções básicas da linguagem hipertextual.

Mas, no século 21, com a crescente inclusão digital da população proporcionada pela facilidade da aquisição de computadores, difusão internet banda larga, nascimento da web 2.0 e portabilidade da informação, o jornalista não pode mais restringir seus conhecimentos aos conceitos básicos do jornalismo online.

Versatilidade deve ser o lema do webjornalista, termo cunhado para designar os profissionais que projetam seus trabalhos para o mundo através da internet.

Adeus à timidez
Dominar a tecnologia torna-se primordial para atuar neste novo nicho de mercado. O webjornalista "...não tem medo de manuais de instruções, instala programas, enfim, faz a roda girar dentro daquela caixa que tem tudo o que a gente precisa para fazer o jornalismo multimídia hoje: o computador" (DUARTE, Alec, 2009).

Com as soluções técnicas nas pontas dos dedos para resolver os freqüentes problemas das máquinas que conectam os usuários com apenas alguns cliques ao mundo, o webjornalista não se intimida frente aos desafios de obter os melhores ângulos nas fotografias que compõem o slide show para ilustrar sua reportagem multimídia.

Através de seu raciocínio sagaz, o novo profissional redige e revisa o texto para o podcast ainda no local onde ocorreu o fato ou grava o áudio durante as entrevistas que substituem, de forma verossímil, as aspas das reportagens convencionais. O webjornalista ainda dá adeus à timidez e grava, com desenvoltura, VTs com seqüências que despertam a curiosidade do internauta.

Sensibilidade aguçada
Mesmo a redação ganha nova roupagem através da inserção de hiperlinks integrados às palavras do texto jornalístico que, embora curto para proporcionar uma leitura agradável ao usuário, torna-se contextualizado pela infinidade de possibilidades de navegação, à escolha do internauta, existentes na rede mundial de computadores.

"Nas edições online, o espaço é tendencialmente infinito. O jornalista pode oferecer novos horizontes imediatos de leitura através de ligações entre pequenos textos e outros elementos multimídia organizados em camadas de informações" (CANAVILHAS, João).

Ter habilidade para fotografar, gravar áudio, filmar ou narrar ao vivo já se transforma em realidade, embora pareça surreal, em veículos de comunicação instalados nos grandes centros urbanos e também em sites e blogs com linhas editorais alternativas, administrados por jornalistas independentes, forma de atuação profissional cada vez mais crescente, uma vez que considerável parcela dos veículos de comunicação se encontra em crise financeira e enxuga suas redações.

Sensibilidade aguçada também compõe a gama de habilidades imprescindíveis ao webjornalista. Após a apuração na qual selecionou diversificados suportes para informar o fato ao internauta, o polivalente profissional da comunicação edita o material e o organiza para aguçar o interesse do usuário em conhecer o conteúdo multimídia que reporta um recorte da realidade.

Formar e educar para a vida
O webjornalista não necessita dominar somente a tecnologia. Para garantir sua credibilidade, continuam imprescindíveis a checagem e re-checagem de informações, uma vez que "uma edição e filtragem de informação de confiança e com qualidade torna-se ainda mais importante na internet, onde qualquer pessoa pode publicar qualquer coisa e fazer com que pareça importante" (AROSO, Inês).

Ao lançar sua âncora no oceano open source da internet, no qual os cidadãos têm livre participação para pulverizar uma vasta gama de informações, os webjornalistas passam de guardiões das informações a intérpretes da notícia, tornando-se fundamental a sólida formação em ciências sociais bem como o domínio da linguagem técnica e legislação da área na qual atua, para "informar com crítica, competência e cidadania, formar e educar cidadãos para a vida" (VIANA, Moisés, 2009), premissa básica do jornalismo.


Observatório da Imprensa

APROVEITAMENTO

Financial Times amplia tarefas de repórteres
em 24/3/2009


Repórteres do Financial Times terão que editar suas próprias matérias na nova fase de integração digital do diário. Segundo o editor Lionel Barber, as mudanças fazem parte de um plano – chamado "Redação 2009" – para aumentar as habilidades de produção dos repórteres e editores.

Uma porta-voz do FT confirmou que o diário não tem planos para futuras demissões, sejam compulsórias ou voluntárias. Em janeiro, o jornal anunciou 80 cortes na empresa, incluindo 20 cargos editoriais. Depois de negociações, nenhum posto de jornalista foi cortado compulsoriamente, após 17 terem se voluntariado para sair.

Multitarefas
Os repórteres foram informados de que terão "que assumir responsabilidades" ao adicionar links a suas matérias, fazer revisão ortográfica e checar as normas de estilo, além de sugerir manchetes. Quando as matérias forem publicadas na versão impressa, o número de caracteres também deve ser verificado. Depois de preencherem suas matérias, haverá revisão dos links e acréscimo de fotos, gráficos e vídeos. Só aí este material será enviado a outro setor para ser revisado.

"O projeto `Redação 2009´ não altera nossa capacidade comprovada para apuração ou prioridades: nossa filosofia permanece a de entregar um resumo das notícias econômicas e financeiras, análises e comentários para uma audiência global. Não somos uma agência de notícias, nem um jornal comum, somos o FT – e queremos ser uma organização do século 21. As mudanças revolucionárias que estamos propondo irão garantir que o FT permaneça sustentável e continue a ser uma força líder no mundo do jornalismo financeiro", afirmou.

As mudanças fazem parte de um processo de longa data do FT, que começou em 2006, quando Barber deu início a uma "integração sem igual do impresso e online". Segundo a porta-voz do jornal, as mudanças nas atividades dos jornalistas não implicarão necessariamente um novo esquema de prazos para a entrega de matérias, e sim levarão "a redação a um novo nível de integração". Informações de Ben Dowell [Guardian.co.uk, 20/3/09].

Abrindo contato

Olá turma!!!!

Depois de um período afastada por problemas de saúde e por causa da correria diária, estou retornando aos nosso canto predileto. Como não estou mais ministrando a disciplina com vocês este semestre, pretendo postar aqui notícias relacionadas ao mundo do Jornalismo online.


Podem continuar enviando sugestões de matérias e textos.

Agradeço a participação e o canal está aberto. Abraços!!!

Fábia Lázara

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Em clima de despedida

Olá, turma!!Logo mais à noite, nos reencontraremos para a nossa querida, odiada, temida e tão esperada avaliação. Será também o nosso último encontro do ano.Espero que tenham aprendido um pouco sobre o mundo da comunicação digital. Agradeço a todos pela paciência e por terem me proporcionado também momentos de alegria e conhecimento.

Aos que se esforçaram e se empenharam, desejo sucesso e aos que "não estavam nem aí", também desejo vitórias, pois, a vida é um belo aprendizado a cada encontro.

Feliz Natal e Ano Novo. Espero revê-los no próximo ano com a mesma garra e energia!!!!!!!!!

Professora Fábia Lázara

Tese de mestrado na USP por um psicólogo

Esse texto foi enviado pelo nosso colega Julian Gabriel. Vale a pena refletir sobre ele.


"O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE"

" Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível "

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado
da\'invisibilidade pública.

Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e
trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São
Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais
são \'seres invisíveis, sem nome\'.

Em sua tese de mestrado, pela USP,
conseguiu comprovar a existência da \'invisibilidade pública\', ou seja,
uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à
divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a
pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o
salário deR$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a
maior liçãode sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari,
pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência\',
explica opesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como
um ser humano. \'Professores que me abraçavam nos corredores da
USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às
vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam
me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um
orelhão\',diz. No primeiro dia de trabalho paramos pro café.

Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que
não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo
de outra classe, varrendo rua com eles.

Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela
metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente
estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu
nunca apreciei o sabor do café.

Mas, intuitivamente, senti que deveria
tomá-lo, eclaro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as
latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem
formiga, tem barata, tem de tudo.

No momento em que empunhei a caneca
improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se
perguntasse:\'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa
caneca?\' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles
passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari? Uma vez, um dos garis
me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto
de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi
escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada,
passei em frente ao centro acadêmico, passeiem frente a lanchonete,
tinha muita gente conhecida.

Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em
absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia
como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa dacabeça era como
se ardesse, como se eu tivesse sido sugado.

Fui almoçar,não senti o
gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou? Fui me
habituando a isso, assim como eles vão se habituando também asituações
pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando -
professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim,
podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando
por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real? Eu choro. É muito
triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa
condição psicossocial, não se esquece jamais.

Acredito que essa
experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje
são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas
periferias. Mudei.

Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço
questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles
são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado
pelo nome. São tratados como se fossem uma \'COISA\'.

*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Lojas investem em novidades para atrair clientes

Por Cristina LIma

Para atender a demanda de clientes que buscam inovações e produtos com preço acessível ao bolso nas festas de final de ano, o comércio se prepara com que a de melhor em seu estabelecimento, oferecendo ainda promoções e facilidades na hora do pagamento para atrair o público.

É o caso da comerciante Maria Dalva, de 44 anos, que possui um pequeno armarinho no conjunto Manôa, Zona norte da cidade. Segundo ela, apesar de ser um estabelecimento pequeno, as vendas são significativas neste período. A comerciante ressalta ainda que o sustento da família é feito com a renda obtida nas vendas. “As comemorações de fim de ano proporcionam um crescimento dos clientes que nos indicam a amigos e familiares, estamos sempre preparados para prestar um bom serviço”.

Em seu estabelecimento é possível encontrar além de artigos de festas, enfeites natalinos, cartões, cartões manuais, há bolsas dos mais variados modelos e acessórios como brinco, anéis, pulseiras, cordão e colares.

Uma novidade para este ano é um pequeno compartimento de roupas que a comerciante junto com as duas filhas montaram para aumentar as vendas de fim a atrair mais clientes. “Agora os clientes poderão também escolher uma roupa para si ou para dar de presentes, estamos com preços muitos bons”.

Assim como Maria Dalva, a jovem Èrika Silva, 27 anos, está investindo em artigos manuais que segundo ela vem conquistando o gosto de todas as classes. Bolsas de crochê, cartões de papel vegetal, bijuterias, entre outros, são alguns dos produtos que o cliente pode encontrar além das promoções de pagamento.

Érika faz sua propaganda distribuindo folders e colando cartazes em bairro adjacentes. “Espero com este trabalho aumentar o numero de cliente e conseqüentemente das vendas”, ressalta.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sonho realizado e de olho no futuro - Nilton Lins 20 anos

Por Marcelo Guerra

A noite daquela terça-feira (04/11) tinha tudo mesmo para ser mais do que especial. Afinal, a abertura do evento em comemoração aos 20 anos de existência da Nilton Lins, traria inúmeras personalidades de nossa cidade, de nosso Estado e do todo o Brasil.

A extensa programação iniciava com abertura do I Encontro Nacional de Biologia Urbana. Este seria apenas o primeiro ato de uma noite que traria ainda muitas emoções.

Logo que cheguei ao Auditório Nina Lins, percebi, logo de cara, que na medida em que as personalidades ocupavam os primeiros assentos do auditório, estávamos ali diante de uma platéia atenta e especial. Muitos aguardavam o início da palestra que tinha como tema "O Homem e o Aquecimento Global: Hidrelétricas Amazônicas", onde o Dr. Alexandre Kemenes (ganhador do Prêmio Benchimol 2008), magistralmente dissertou. Algo mais atual e interessante para nossa gente, impossível.

Na platéia, além das personalidades, meus colegas acadêmicos se faziam presentes. Eram mais ou menos 250 alunos dos mais diversos cursos que a Uninilthttp://www.niltonlins.br/onlins oferece.

Por todo o auditório Nina Lins, além de autoridades locais, havia muitos jornalistas conhecidos do nosso dia a dia. Eles aguardavam com ansiedade a quarta versão do Prêmio Nilton Lins de Jornalismo. O próprio jornalista Dr.Phelippe Daou, da Rede Amazônica de Televisão, se fez presente junto com sua equipe.


O cerimonialista, na liturgia que o cargo lhe oferece, brinda a platéia com a entrega do Prêmio Biologia Urbana a pessoas que desenvolveram projetos de pesquisa voltados para a Amazônia.
No palco iluminado, os telões mostram detalhes da festa, em seguida, agora sim, acontece a entrega do 4º Prêmio Nilton Lins de Jornalismo. Cerca de 45 reportagens concorreram nas categorias de TV, Rádio e Impresso. Um a um, os premiados jornalistas recebem o reconhecimento de seu labor.

Tudo parecia seguir seu curso normal, sem outras modificações quando - no hiato entre a premiação de Biologia e a dos jornalistas que tiveram suas obras destacadas - surge ao palco, para dar boas vindas a todos, a reitora da Uniniltonlins, a jovem senhora Gisele Lins. Palmas efusivas.

Por 30 minutos, britânicamente contados, a reitora emocionou a todos. Falou desde a mais tenra idade e os afazeres de ser filha de um “professor atribulado”. Permeou suas palavras com passagens do dia-a-dia de uma família que, como outras tantas, cresceu no Amazonas e aqui venceu e investiu todo o resultado da tenacidade de um bravo brasileiro, e em sua própria terra.

Ao contrário de muitos que por aqui aportaram e bateram asas tão logo se viram satisfeitos em sua ganância financeira, o Professor Nilton da Costa Lins, aqui tudo investiu, e aqui, ficou. Foi a partir deste instante que a jovem reitora passou a dividir conosco a trajetória de seu pai, o próprio Nilton Lins.

Ali, com voz firme, mesmo diante de uma data tão significativa, Gisele Lins, navegou pela sua infância, da amizade próxima a seu irmão, Nilton Júnior, e passou a tecer com riqueza de detalhes, o sonho pioneiro idealizado por seu genitor: o de construir uma universidade dotada de toda a infra-estrutura necessária para um aproveitamento diferenciado de seus alunos.

E foi com elevada gratidão, que, diante de todos, a filha aplicada, ao lado de sua mãe, e seu irmão de saudosa infância, mal se dá conta da emoção que tomara conta do seleto público que a observava. Eram alunos, mestres, docentes e personalidades locais. Todos ávidos para ouvi-la.

Seu relato é supreendente tamanha é a simplicidade com que conta tudo desde que, quando criança, tem a lembrança do velho Nilton, em meio a afagos, repetindo-lhe: “a nossa universidade será ao lado de muitas fruteiras, num grande pomar. Teremos uma grande piscina e um dia seremos muitos”.

Adiante, firme com uma rocha, mesmo perante um quadro de saudosismo, fala com entusiasmo da universidade que dirige. “O que hoje conhecemos como Centro Universitário Nilton Lins teve sua origem em 1986, quando inauguramos, em Manaus, o Colégio Anglo-Americano, situado na Rua Marquês de Monte Alegre, no Parque das Laranjeiras. Naquela época, meu pai dizia que teríamos, além da universidade, um hospital. Não foi nada fácil (...)”.

Para Gisele Lins, talvez em suas reminiscências, estivesse ali apenas revelando um pouco da intimidade de sua família, ou pudesse lembrar quão dura tinha sido a trajetória de vida de seu pai e o caminho que ele escolhera percorrer para chegar aonde chegou.

Mas tudo aconteceu de uma forma telúrica. Foi como se estivesse falando com a alma. A reitora estava ali prestando um grande testemunho de alguém que a marcou indelevelmente e por toda uma vida. Uma pessoa determinada e marcante, e muito além de seu tempo. Um visionário e seu legado de obras. Seu pai.

E foi na continuação desse discurso que envolveu a todos que, mais adiante, Gisele Lins dizia ser “testemunha e partícípe de um grande projeto que viera de um sonho”. “E tudo com inovações”, meu pai era assim, completava.

A bem da verdade, e a reitora têm razão, o projeto que iniciara em 1986, trouxe à época, um novo conceito de ensino onde implantou-se uma moderna tecnologia e a gestão de profissionais qualificados, voltados para o ensino pré-escolar e de 1º e 2º Graus.

E foi exatamente nesta época, precisamente no ano de 1987, a nomenclatura muda de “Anglo” para ASAMEC - Associação Amazonense de Ensino e Cultura. Posteriormente inicia-se um trabalho de formação dos cursos superiores, com a realização do primeiro vestibular para os cursos de Administração e Ciências Contábeis em 1989. Outros cursos somaram-se aos pioneiros, resultando, atualmente, num enorme complexo educacional que congrega mais de 38 cursos, atendendo às expectativas de 10 mil alunos e voltada para a região.

O visionário Nilton Lins, com seu dinamismo e força, acreditou no seu sonho: construir em Manaus, um complexo educacional de ensino, pesquisa e extensão que contribuísse para o desenvolvimento da nossa região.

A jovem reitora foi cirúrgica em todo seu relato. Construiu o discurso refém de uma verdade insofismável: a de que seria muito fácil ser leal à história de seu pai.
Hoje, o Centro Universitário Nilton Lins é o maior Centro de Ensino privado do Norte do País, instalado numa área superior a um milhão de metros quadrados, com mais de cem mil metros quadrados de área construída.
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Estamos, pois, caros leitores, apenas diante do primeiro ano de comemoração dos 20 anos do conglomerado Nilton Lins. As comemorações de estendem até outubro de 2009. Será, a rigor, um ano de muitas comemorações. Assim como você, eu também estou ansioso por participar de todos os eventos que estão por vir. Afinal, como dizia o professor Nilton Lins, "dê olho no futuro, hein!"

Jornalismo Por Encomenda

A matéria abaixo foi enviada pelo colega Marcelo Guerra. Merece ser lida.

É isto mesmo. Indivíduos ou grupos de indivíduos se juntam para pagar um jornalista para investigar um assunto de interesse coletivo. Este é o objetivo de dois projetos em curso nos Estados Unidos e que pretendem explorar novas possibilidades de financiamento do jornalismo praticado por autônomos na internet.

À primeira vista, as propostas do Spot.Us e do Representative Journalism contrariam um dos dogmas da profissão, segundo o qual o jornalismo não pode ser feito por encomenda para preservar a isenção e objetividade da reportagem. Mas quem conhece as entranhas de uma redação de jornal sabe que a realidade é bem outra. O dogma da isenção e da objetividade perdeu consistência na medida em que hoje um mesmo fato ou processo pode ter muitas percepções diferentes.

O projeto Spot Us é a mais ousada das duas experiências porque se apóia no controvertido conceito de financiamento coletivo (crowdsourcing), uma modalidade de coleta de pequenas doações em dinheiro, que já foi aplicada com êxito no financiamento da campanha do presidente eleito dos Estados Unidos Barack Obama.

O site do
Spot Us foi lançado oficialmente no início de novembro e já tem duas histórias financiadas e sete na lista de espera de doadores. As sugestões de temas de reportagens investigativas são publicadas na página do projeto para captar doações segundo o interesse que despertam entre os usuários do Spot Us. Cada doador pode dar no máximo 12% do custo total da investigação, segundo estimativa do autor da sugestão.

Quando a história obtém os recursos necessários, o dinheiro é entregue ao autor da sugestão — que é obrigado a executá-la no prazo previsto e submeter todo o material a um editor designado pelo projeto para verificar a autenticidade das informações. Depois disso a reportagem é oferecida gratuitamente a jornais, revistas ou emissoras de rádio e televisão.

Se algum veículo desejar exclusividade, ele pagará os direitos ao autor da reportagem ficando uma taxa com o Spot Us. Um jornal poderá também obter a exclusividade se financiar metade do custo da reportagem. Quando as doações não atingirem o valor estipulado, o dinheiro é devolvido aos doadores.

Ainda é cedo para dizer se o projeto dará certo ou não. Todas as histórias sugeridas até agora têm a ver com questões locais e de interesse comunitário na região de São Francisco, nos Estados Unidos, e seus orçamentos não ultrapassam os mil dólares.

Já o projeto da organização
Representative Journalism (Jornalismo Representativo) se apóia na contratação de um jornalista profissional encarregado de produzir material informativo para a página Locally Grown, dos moradores da cidade de Northfield, no estado de Minnesota. O objetivo é produzir notícias locais para gerar interesse dos moradores e com isso atrair anunciantes também locais.

Os dois projetos receberam financiamento da
Fundação Knight, que distribui 25 milhões de dólares para iniciativas jornalísticas voltadas para a cobertura de temas comunitários em vários países.

O Spot Us e o Representative Journalism têm propostas diferenciadas quanto aos seus objetivos, mas compartilham da mesma preocupação: testar fórmulas capazes de garantir a sustentabilidade financeira, no médio e longo prazos, de projetos baseados em informação comunitária com participação de jornalistas e membros da comunidade na produção de notícias.

Independente dos resultados financeiros de ambas as experiências, elas lançam também um debate sobre novas alternativas editoriais na medida em que os procedimentos e os valores convencionais adotados na maioria das redações jornalísticas estão sendo substituídos por novas rotinas baseadas na produção colaborativa de informações e numa nova concepção de noticia, a partir da qual ela é vista mais como o resultado de uma troca entre o jornalista e seu publico do que de uma decisão unilateral tomada nas redações.

Por
Carlos Castilho, no Observatório da Imprensa.

Leiam o resumo da matéria da Revista Imprensa sobre os blogueiros

Revista Imprensa » Edição 238 (Set/2008)
Igual, mas diferente
Por Igor Ribeiro / Colaborou Fabricio Teixeira

Em meio a cobranças, blogueiros refutam a comparação de sua atividade com o jornalismo e destacam o poder da livre opinião como sua principal característica
A cada minuto são criados mais dois blogs no mundo, somando-se aos outros 112,8 milhões que povoam a rede, segundo dados de agosto de 2008 da empresa de busca e medição Technorati, uma das mais respeitadas na internet.

A mesma entidade havia detectado cerca de 4 milhões de blogs no final de 2004. Ou seja, em apenas quatro anos, a chamada "blogosfera" cresceu 2.720%. Diante de números assim, há quem defenda que novas mídias como essa exercerão cada vez mais o papel de informação e entretenimento antes restritos aos veículos de massa, detentores de grandes audiências, equipe profissionalizada, e tradição histórica, como os jornais impressos e a televisão.

Desse complexo panorama de transformações surge uma analogia entre as mídias tradicionais e digitais e, conseqüentemente, uma irrefreável indagação: o blogueiro é o novo jornalista?
"Blogueiros e jornalistas são coisas tão diferentes que nem deviam ser discutidas", afirma Bruna Calheiros, principal figura por trás do blog Smelly Cat, dedicado a curtas e longa-metragens em animação.

Apesar da assertividade da blogueira quanto à separação de universos e de sua formação em publicidade, sua página tem abordagem bastante informativa e é constantemente atualizada com as últimas novidades do gênero.

Publicou diversos posts sobre o festival AnimaMundi, por exemplo, sem nada dever aos críticos mais tradicionais do setor. Bruna garante que não segue regras e nem pretende fazê-lo: "tenho meu tom, minha maneira e coloco minha personalidade nos textos".

Mas ela pertence a um grupo de blogueiros que se propõem a tratar de certos assuntos tão bem quanto o faria um jornalista treinado para isso, quando não melhor.
É o que acontece, por exemplo, com o catarinense Rafael Ziggy, autor do SimViral, blog dedicado a marketing e publicidade. Ou com Nick Ellis, que faz de seu Digital Drops uma fonte confiável sobre gadgets e tecnologia. Ou ainda com Carlos Merigo, cujo blog Brainstorm #9 conta com programas sobre propaganda e cultura gravados de modo bastante profissional.

Nenhum deles é jornalista, mas todos escrevem em quantidade e em qualidade, apuram muitas das notícias que publicam, editam textos e selecionam fotos e vídeos para acompanhá-los, entre outras coisas. Sim, fazem tudo isso com bastante personalidade, deixando clara a distância que têm da profissão jornalística. Mas trazem tanta atenção para si e para seus blogs que passam a ser mercadologicamente atraentes como se cuidassem de um jornal de verdade.

Cynara Peixoto, que mantém a partir de Fortaleza o blog sobre tecnologia Mundo Tecno, vê com bons olhos o panorama. "É um mercado em franca expansão, que ainda merece mais atenção dos publicitários. A publicidade tem que ir para onde o público está", alerta. Diversos blogueiros acompanham o movimento e trocam informações sobre como fazer de sua página na internet uma fonte de lucro. Esperam atingir o grau de Ricardo Noblat, que ficou famoso na época do mensalão por furar o muro do jornalismo impresso com seu site - desde 2005 o blogueiro só vive de e pelo seu blog.


Leia matéria completa na edição 238 de IMPRENSA

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Semed realiza a campanha Sorriso na Escola

Por Érica Marinho

As escolas municipais realizaram hoje o encerramento da Campanha Sorriso na Escola. Essa é a sétima edição da campanha que a Semed (secretaria municipal de Educação) faz junto com as escolas.

Na Escola Municipal Santo Agostinho, localizada no bairro Santo Agostinho, zona centro-oeste de Manaus, as crianças participaram de palestras com dentistas e agentes de saúde que falaram da importância de cuidar dos dentes desde quando eles começam a aparecer.

“Algumas mães ainda acreditam que o dente de leite não precisa ser cuidado , porque ele cai e nasce outro, o que acontece é que crianças com menos de cinco anos já estão com os dentes estragados e tendo que arrancar”, afirma a dentista do posto Dom Milton, Ana Vasconcelos que atende a comunidade.

De acordo com as professoras o café da manhã de algumas geralmente tem prulito, chicletes, bombons, sorvetes ou milhitos. ”Nós sempre chamamos a atenção das mães para alimentarem corretamente os seus filhos , principalmente, no café da manhã.Algumas mães melhoraram o costume alimentar dos filhos , mas, outras continuam do mesmo jeito”diz a professora Maria Amélia.

Já as crianças garantem ter aprendido como cuidar dos dentes , como é o caso da aluna Andrina de 4 anos. “Eu uso só a minha escova de dente , uso fio dental e escovo os dentes sempre depois de comer e antes de dormir “comenta a aluna da educação infantil.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Emoção e alegria marcam a entrega de prêmio da Nilton Lins

Por Júlio César

O Centro Universitário Nilton Lins foi palco de muita emoção e alegria na noite de quarta-feira (05), ocasião que foram entregues os prêmios referentes ao 1º Prêmio Amazônia e Cidadania e IV Prêmio Nilton Lins de Jornalismo.

Entre os premiados estava a radialista Odinéia Araújo que concorreu na categoria Rádio Jornalismo, conquistando o primeiro lugar apresentando a reportagem intitulada “Tijolos ecológicos reduzem poluição ambiental”.

Odinéia atua no Rádio há 19 anos e teve sua carreira iniciada na Rádio Ajuricaba, passando pela Rádio Novidade FM, TV Manaus (que até pouco tempo transmitia o sinal da Rede Record) e Rádio Amazonas FM onde trabalha atualmente.

Formada em jornalismo pela Ufam, é detentora de vários outros prêmios que arrebatou como radialista. Segundo ela, a persistência para exercer a profissão é um dos principais fatores que a faz realizar-se como profissional.

“Primeiramente temos que gostar do que fazemos, quando iniciei no rádio era tudo muito precário, hoje, é tudo na base da digitalidade. Melhorou muito o nosso trabalho. Apesar da tecnologia empregada nesse meio de comunicação, ainda esbarramos na problemática dos baixos salários pagos pelos patrões”, disse Odinéia.

Disputando com outras mídias, o Rádio continua sendo o veículo de massa mais imediatista e de fácil acesso à informação. Contudo, foi notório a falta de interesse de outras emissoras – concorreram somente a Rádio Amazonas FM e Rádio Rio Mar – ou dos próprios profissionais que atuam nessa categoria, destacada no IV Prêmio Nilton Lins de Jornalismo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Repórteres fotográficos têm trabalhos reconhecidos

Por Lívia Nadjanara

O repórter fotográfico Alexandre Fonseca, da equipe do jornal Amazonas Em Tempo, foi o vencedor na categoria 'Fotografia' da quarta edição do Prêmio Nilton Lins de Jornalismo, entregue na última quarta-feira (5), no auditório Nina Lins. Evento que marca o início das comemorações de 20 anos da UniNilton Lins.

Alexandre Fonseca arrebatou o primeiro lugar, contra outros seis trabalhos, entre eles o de seu colega de redação, o editor de fotografia e repórter fotográfico, Ricardo Oliveira, que participou com dois trabalhos e ficou com o segundo lugar na categoria, mantendo a dobradinha do ano anterior.

Alexandre conta que a inspiração para fazer o ensaio surgiu durante uma pauta determinada a ele na orla do Mindu, onde ele observou a impressionante limpidez da nascente do rio e da pequena correnteza passava por ali, dando início ao igarapé. “Passei quase uma hora fazendo fotografias das crianças e as duas que estão na imagem vencedora foram as que mais identifiquei a familiaridade com o local. Os traços indígenas, olhar sereno e o prazer em estar lá”, afirmou.

Este foi o primeiro prêmio de fotografia que Alexandre Fonseca ganhou e que significa o reconhecimento à dedicação e preparação do profissional para este trabalho. “Quando a matéria saiu e vi a diagramação da página com a foto estampada, eu disse: Essa vai pro Prêmio Nilton Lins deste ano. Essa matéria tinha algo de especial pelo contexto que ela possui, tanto de informação quanto técnico”, apontou Fonseca, lembrando toda sua trajetória na fotografia profissional.

“Minha carreira foi de degrau em degrau, fiz fotos para formaturas, 15 anos, casamentos, eventos em teatros, até trabalhar em redação de revista e hoje estou no fotojornalismo diário há 2 anos. E este prêmio vem em uma hora boa”, destacou.

O Prêmio
Os 45 trabalhos inscritos entre matérias de radiojornalismo, telejornalismo, jornalismo impresso, imagens de TV e fotografias jornalísticas, de 27 profissionais dos veículos de comunicação locais, tratavam do tema "Jornalismo e Meio Ambiente".

Além de troféus (e aplausos) os vencedores puderam arrebatar prêmios em dinheiro, que iam de R$ 2 mil para o primeiro colocado, R$ 1,5 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro.

A realização do desta edição deve-se ao empenho da Pró-Reitoria de Extensão, da Assessoria de Comunicação e Agência de Notícias Nilton Lins e do apoio dispensado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas em premiar e apontar os talentos da imprensa, e já se destaca como a única premiação direcionada aos profissionais do ramo na cidade.

*Legenda: Ricardo Oliveira e Alexandre Fonseca (esq. p/ dir.): vencedores do Prêmio de Jornalismo, categoria fotografia


Profissionais de comunicação recebem homenagens


Por Julian Gabriel

O Centro Universitário Nilton Lins realizou na quarta-feira (05) de novembro, no auditório Nina Lins (Parque das Laranjeiras) o IV Prêmio de Jornalismo que agraciou 14 jornalistas amazonenses de várias categorias.

Foram premiadas as melhores reportagens veiculadas nos meios de comunicação, realizadas por profissionais portadores de registros profissionais. De jornais impressos, rádio e TV, melhor imagem de TV e melhor fotografia. Este ano o prêmio teve como tema "Jornalismo e Meio Ambiente".


O jornalista Walmir Lima da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas) ficou em primeiro lugar com a reportagem "Mudanças Climáticas Globais". "À medida que reconhecem os trabalhos feitos por profissionais locais o Prêmio Nilton Lins começa a ganhar força e os profissionais estão acreditando, participando, valorizando porque sabem que estão sendo valorizados" enfatiza o ganhador.

O prêmio está na sua quarta edição tendo como único objetivo de valorizar o trabalho dos jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos que atuam na imprensa local.

Vencedores do Prêmio de Jornalismo 2008

Categoria

Rádio
1° - Emerson Miranda Cursino
2°- Odinéia Correia de Araújo
(Não houve terceiro colocado)

Categoria Imagem de TV
1° - Sidney Mendonça de Nazaré
2° - Orlando Júnior
3°- Sisley Monteiro Furtado Categoria

TV
1° - Yano Sérgio Delgado Gomes
2° - Márcia Mariana Rocha
3° - Vandré Fonseca do Nascimento

Categoria Foto
1° - Alexandre Souza Fonseca
2° - Sérgio Ricardo Oliveira 3°
3ª- Ney Francis Torres Mendes Categoria

Impresso
1° - Valmir Rodrigues Lima
2° - Marina Carvalho Guedes
3° - Sídia Maria Ambrósio de Oliveira