Por Marcelo Guerra
A noite daquela terça-feira (04/11) tinha tudo mesmo para ser mais do que especial. Afinal, a abertura do evento em comemoração aos 20 anos de existência da Nilton Lins, traria inúmeras personalidades de nossa cidade, de nosso Estado e do todo o Brasil.
A extensa programação iniciava com abertura do I Encontro Nacional de Biologia Urbana. Este seria apenas o primeiro ato de uma noite que traria ainda muitas emoções.
Logo que cheguei ao Auditório Nina Lins, percebi, logo de cara, que na medida em que as personalidades ocupavam os primeiros assentos do auditório, estávamos ali diante de uma platéia atenta e especial. Muitos aguardavam o início da palestra que tinha como tema "O Homem e o Aquecimento Global: Hidrelétricas Amazônicas", onde o Dr. Alexandre Kemenes (ganhador do Prêmio Benchimol 2008), magistralmente dissertou. Algo mais atual e interessante para nossa gente, impossível.
Na platéia, além das personalidades, meus colegas acadêmicos se faziam presentes. Eram mais ou menos 250 alunos dos mais diversos cursos que a Uninilthttp://www.niltonlins.br/onlins oferece.
Por todo o auditório Nina Lins, além de autoridades locais, havia muitos jornalistas conhecidos do nosso dia a dia. Eles aguardavam com ansiedade a quarta versão do Prêmio Nilton Lins de Jornalismo. O próprio jornalista Dr.Phelippe Daou, da Rede Amazônica de Televisão, se fez presente junto com sua equipe.
O cerimonialista, na liturgia que o cargo lhe oferece, brinda a platéia com a entrega do Prêmio Biologia Urbana a pessoas que desenvolveram projetos de pesquisa voltados para a Amazônia.
No palco iluminado, os telões mostram detalhes da festa, em seguida, agora sim, acontece a entrega do 4º Prêmio Nilton Lins de Jornalismo. Cerca de 45 reportagens concorreram nas categorias de TV, Rádio e Impresso. Um a um, os premiados jornalistas recebem o reconhecimento de seu labor.
Tudo parecia seguir seu curso normal, sem outras modificações quando - no hiato entre a premiação de Biologia e a dos jornalistas que tiveram suas obras destacadas - surge ao palco, para dar boas vindas a todos, a reitora da Uniniltonlins, a jovem senhora Gisele Lins. Palmas efusivas.
Por 30 minutos, britânicamente contados, a reitora emocionou a todos. Falou desde a mais tenra idade e os afazeres de ser filha de um “professor atribulado”. Permeou suas palavras com passagens do dia-a-dia de uma família que, como outras tantas, cresceu no Amazonas e aqui venceu e investiu todo o resultado da tenacidade de um bravo brasileiro, e em sua própria terra.
Ao contrário de muitos que por aqui aportaram e bateram asas tão logo se viram satisfeitos em sua ganância financeira, o Professor Nilton da Costa Lins, aqui tudo investiu, e aqui, ficou. Foi a partir deste instante que a jovem reitora passou a dividir conosco a trajetória de seu pai, o próprio Nilton Lins.
Ali, com voz firme, mesmo diante de uma data tão significativa, Gisele Lins, navegou pela sua infância, da amizade próxima a seu irmão, Nilton Júnior, e passou a tecer com riqueza de detalhes, o sonho pioneiro idealizado por seu genitor: o de construir uma universidade dotada de toda a infra-estrutura necessária para um aproveitamento diferenciado de seus alunos.
E foi com elevada gratidão, que, diante de todos, a filha aplicada, ao lado de sua mãe, e seu irmão de saudosa infância, mal se dá conta da emoção que tomara conta do seleto público que a observava. Eram alunos, mestres, docentes e personalidades locais. Todos ávidos para ouvi-la.
Seu relato é supreendente tamanha é a simplicidade com que conta tudo desde que, quando criança, tem a lembrança do velho Nilton, em meio a afagos, repetindo-lhe: “a nossa universidade será ao lado de muitas fruteiras, num grande pomar. Teremos uma grande piscina e um dia seremos muitos”.
Adiante, firme com uma rocha, mesmo perante um quadro de saudosismo, fala com entusiasmo da universidade que dirige. “O que hoje conhecemos como Centro Universitário Nilton Lins teve sua origem em 1986, quando inauguramos, em Manaus, o Colégio Anglo-Americano, situado na Rua Marquês de Monte Alegre, no Parque das Laranjeiras. Naquela época, meu pai dizia que teríamos, além da universidade, um hospital. Não foi nada fácil (...)”.
Para Gisele Lins, talvez em suas reminiscências, estivesse ali apenas revelando um pouco da intimidade de sua família, ou pudesse lembrar quão dura tinha sido a trajetória de vida de seu pai e o caminho que ele escolhera percorrer para chegar aonde chegou.
Mas tudo aconteceu de uma forma telúrica. Foi como se estivesse falando com a alma. A reitora estava ali prestando um grande testemunho de alguém que a marcou indelevelmente e por toda uma vida. Uma pessoa determinada e marcante, e muito além de seu tempo. Um visionário e seu legado de obras. Seu pai.
E foi na continuação desse discurso que envolveu a todos que, mais adiante, Gisele Lins dizia ser “testemunha e partícípe de um grande projeto que viera de um sonho”. “E tudo com inovações”, meu pai era assim, completava.
A bem da verdade, e a reitora têm razão, o projeto que iniciara em 1986, trouxe à época, um novo conceito de ensino onde implantou-se uma moderna tecnologia e a gestão de profissionais qualificados, voltados para o ensino pré-escolar e de 1º e 2º Graus.
E foi exatamente nesta época, precisamente no ano de 1987, a nomenclatura muda de “Anglo” para ASAMEC - Associação Amazonense de Ensino e Cultura. Posteriormente inicia-se um trabalho de formação dos cursos superiores, com a realização do primeiro vestibular para os cursos de Administração e Ciências Contábeis em 1989. Outros cursos somaram-se aos pioneiros, resultando, atualmente, num enorme complexo educacional que congrega mais de 38 cursos, atendendo às expectativas de 10 mil alunos e voltada para a região.
O visionário Nilton Lins, com seu dinamismo e força, acreditou no seu sonho: construir em Manaus, um complexo educacional de ensino, pesquisa e extensão que contribuísse para o desenvolvimento da nossa região.
A jovem reitora foi cirúrgica em todo seu relato. Construiu o discurso refém de uma verdade insofismável: a de que seria muito fácil ser leal à história de seu pai.
Hoje, o Centro Universitário Nilton Lins é o maior Centro de Ensino privado do Norte do País, instalado numa área superior a um milhão de metros quadrados, com mais de cem mil metros quadrados de área construída.
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Estamos, pois, caros leitores, apenas diante do primeiro ano de comemoração dos 20 anos do conglomerado Nilton Lins. As comemorações de estendem até outubro de 2009. Será, a rigor, um ano de muitas comemorações. Assim como você, eu também estou ansioso por participar de todos os eventos que estão por vir. Afinal, como dizia o professor Nilton Lins, "dê olho no futuro, hein!"
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
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